quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

não te vou esquecer

foi há quanto tempo ? há muito, mas recordo-me tão bem como me recordo que na noite de ontem, tive dificuldade em adormercer a pensar nisto, a pensar em ti, a pensar em mim, a pensar em nós e no amor que já existiu nos nossos corações. sabes, o meu ainda o guarda. foi há tanto tempo, que tentei esquecer-te, tentei limpar-te da minha alma. ainda foi há mais tempo, em que nós , eu e tu, eramos um só. um só que se erguia todas as noites, para iluminar o céu. sempre achei que a lua tinha inveja de nós. mas agora, exibe o seu brilho sobre mim que transforma as nossas memórias em lágrimas que escorrem levemente na minha face. penso na altivez que já tivemos, na grandeza que conseguimos ter em nós, na felicidade causada apenas pelo tocar. eu guardo isso tudo na minha caixa de memórias, no meu coração. penso que mais tarde, tudo isto será motivo para sorrir e relembrar os bons velhos tempos. penso que será um facto, eu contar aos meus filhos e aos meus netos isto tudo que aconteceu entre nós. e vou começar agora, a lutar para isso. vou lembrar-te como uma recordação feliz, não vou chorar pelo que já foi feito. tudo isto me fez crescer, sabes.  não vou te esquecer, mas vou relembrar-te com vontade.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

queen of anything


querer ser rainha sem ser princesa é como querer ser leão sem ter juba. é como escalar apenas o fim da montanha e não no começo. é querer ter tudo e não ter nada. querer ser rainha sem ser princesa. é não querer lutar pelo topo, e querer tudo numa mão aberta pronta para dar o que carrega. é chegar ao andar de cima sem subir os degraus. é não ter vivido o presente a pensar no futuro, é trabalho adiantado mas mal feito. é uma construção aparentemente sólida, mas que ao mínimo sopro de vento se desmorona. é ser forte, sendo fraco. é querer muito sem o pouco conhecer. é querer apenas o que não tem, para mais tarde o não querer. é desejar o longe, para depois o mais perto não conseguir esquecer. é apenas querer ser rainha, sem princesa ser. é não anciar o desconhecido depois de o conhecer. é não ter bases para chegar a cima. é querer e não lutar para o conseguir.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

ainda se lembra,


ele ainda se lembra dela. da sua postura tão direita. lembra-se do cabelo entrançado, caído. lembra-se das mãos cruzadas e a perna por cima da outra quando se sentava. ainda se lembra dos sorrisos tímidos que trocavam os dois, nas tardes de primavera. lembra-se dos ombros descobertos, e do corpo envolvido em vestidos florais. ainda recorda a voz doce e melosacom que ela dizia o seu nome. sim, ele ainda se lembra dela. da sua feminidade, dos seus lábios encarnados que lhe acariciavam a face. da delicadeza com que dançava, descalça. ela. tudo em volta dela. os rodopios e saltos na relva. ele ainda se lembra. como poderia esquecer, os seus braços encaixados nela e dos corações cheios que quase não cabiam no peito. ele ainda se lembra dela. só não queria poder lembrar-se que já não a tem.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

amor ou destruição?

tinham passado apenas 30 segundos de que Brian abandonara aquela sala, ainda se ouvia o eco dos gritos da sua voz grossa bater nas paredes. foram precisos apenas 5 minutos para que uma relação tão antiga, de há tantos anos, acabar. Capricorn, ainda estava sentada na borda cama, ao seu lado estavam espalhadas cartas e fotografias, ainda cheirava a um amor que tinha amargurado ao longo que os anos, cada vez mais longos, decorriam. tinham passado apenas seis anos, de que Capricorn e Brian tinham cruzado os olhos na esplanada do café. Capricorn, uma jovem de 19 anos,  lia, sentada numa mesa, e Brian, um rapaz de 21 anos, tão puro e inocente como a sua idade premitia.  sim, apenas seis anos, para que onde existia amor, se instalasse destruição. apenas seis anos, para que o vento soprasse e limpasse o coração de Brian.